Música Viva 2008

Música Viva, o festival que Miguel Azguime tem mantido estoicamente desde 1992, itinerante no tempo e no espaço em função dos apoios conseguidos (ou da falta dos mesmos) para garantir um programa monumental e absolutamente ímpar na divulgação de ... Música Viva.

A coerência programática de edição em edição, com apresentação das "grandes formações orquestrais aos emblemáticos concertos de música electrónica pela Orquestra de Altifalantes, passando pela música de câmara, instalações, vídeo, pela palavra, teatro musical e espectáculos para crianças, a criação musical portuguesa e internacional afirma aqui a sua plena vitalidade e diversidade."

É o contexto da edição 14 que começa amanhã apresentando "de 19 a 27 de Setembro, um total de 24 acções distintas: 124 obras, das quais 20 peças electrónicas no novo projecto Sound Walk; 88 obras tocadas em concerto; e 6 instalações sonoras no Interactive Lounge.
Destaca-se ainda o fomento da criação musical que a Miso Music Portugal tem conduzido, sendo responsável pela encomenda de 15 das obras apresentadas. Do universo de 82 compositores representados e 53 estreias absolutas, 42 são compositores portugueses que vão estrear 27 obras, prova inequívoca da prolífica actividade criadora existente em Portugal actualmente e à qual o festival dá voz."

A Orquestra Metropolitana de Lisboa dirigida por Pedro Amaral homenageia Karlheinz Stockhausen no concerto inaugural do festival, na igreja do Mosteiro dos Jerónimos às 22h. Do programa faz parte "Gesang Der Jünglinge" (literalmente Canção dos Adolescentes) uma das obras mais conhecidas de Stockhausen, um trabalho pioneiro de confronto entre a música processada electronicamente e a voz humana.



As 76 páginas do programa completo da edição de 2008 do festival é uma excente sugestão de leitura para o fim-de-semana. Atrevam-se!

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