Skip to main content

Nuno Rebelo (em entrevista)

O grande auditório da Culturgeste recebe na próxima semana Nuno Rebelo com Katharina Franck. Aproveitámos a ocasião para trocar algumas palavras (via e-mail) e afinar a sintonia que temos há mais de década e meia com o mais criativo dos músicos portugueses. Versatilidade, liberdade criativa, garra e paixão artística são adjectivações que ajudam a definir a postura de Nuno Rebelo.

Em França por estes dias, Nuno Rebelo orienta com Mark Tompkins um workshop intitulado “Audible Movement, Visible Sound". Decorre em Toulouse até ao próximo dia 23, cidade onde o duo Lost & Found (Mark Lewis Tompkins – voz / Nuno Rebelo – guitarra e vídeos) deu dois concertos esta semana, a 17 e 18 de Abril.

Nazaré - não a terra mas a mulher, espectáculo de Spoken Word de Katharina Franck com Nuno Rebelo, vai estar a 24 de Abril no grande auditório da Culturgeste, Lisboa, a 25 no Teatro Viriato em Viseu, e no dia 26 de Abril no Centro Cultural Moagem, Fundão.


Como e quando surgiu a oportunidade de trabalhares com Katharina Franck?
A Katharina viveu em Portugal nos anos 70 / 80. Somos amigos desde essa altura e mantivemo-nos sempre em contacto. No ano passado ela teve uma encomenda, por parte do programa de rádio Deutsche Bayern 3, para escrever uma “horspiele”, peça radiofónica de spoken Word. Resolveu escrever a história da Nazaré e convidou-me para fazer a música. Esta peça teve uma ante-estreia em concerto em Berlim num festival dedicado à apresentação ao vivo de peças radiofónicas, finais de Abril de 2007. Estreou na Rádio no início de Maio.


Muito longe dos holofotes mediáticos, Nuno Rebelo mantém uma agenda que evidencia a sua infinita versatilidadede. O propósito continua a ser experimentar sempre mais e mais.

Quisemos saber o que mantém Nuno Rebelo ocupado nos próximos tempos, para além das datas já apontadas em Abril.
No início de Maio, Mark Tompkins vai estar cá em Portugal para continuarmos a trabalhar no espectáculo musical “Lulu”, que estreará em Novembro em Strasbourg;
A 17 Maio - concerto do colectivo de improvisação “A Parte Maldita”, um projecto de António José Chaparreiro, no festival Outfest, Barreiro;

Algures entre 22 de Maio e 6 de Junho apresentarei o concerto solo “performing the space” no Festival Alkantara, Lisboa. E talvez também haja hipótese de um concerto de Mark Lewis & The Standards nesse festival.

7 de Junho - concerto do colectivo de improvisação “Dalton Brothers” sob a minha direcção, proposta da associação Granular para o festival Ó da Guarda, na Guarda. Músicos: Nuno Rebelo (guitarra e direcção), Emídio Buchinho (guitarra), Ulrich Mitzlaff (cello), João Martins (sax e objectos) e Miguel Cabral (homemade percussions)

Em Maio e Junho estarei a trabalhar na composição de algumas das músicas da coreografia “Feminine”, de Paulo Ribeiro, que estreará a 9 de Julho.

12 Julho – concerto do duo Pocketbook of Lightning (Nuno Rebelo / Marco Franco) no CCB, Lisboa. Este concerto será antecedido por um período de residência deste duo no Centa, em Vila Velha do Ródão, desde o início de Julho.

Segunda metade de Julho regresso ao trabalho para “lulu”, que continuará depois em Setembro e Outubro, para, como disse, estrear em Novembro.

Enquanto músico, o que te dá mais gozo ou prazer? Escrever para artes performativas – teatro ou dança - música para filmes, rock, ou improvisações ao vivo?
Tudo. O que me dá gozo é variar. Cada viagem musical proporciona-me um gozo diferente.

É fácil manter esta polivalência?
No meu caso sim, porque a polivalência é absolutamente natural. A única dificuldade é gerir o tempo a dedicar a cada coisa.


Há gravações e edições recentes com o teu trabalho? Alguma coisa em agenda?
Infelizmente nada… Talvez finalmente um disco do duo Pocketbook of Lightning. Já que já tocamos juntos há mais de 10 anos, já valia a pena sair um disco… vamos gravar durante a nossa estadia em Vila Velha do Ródão. Depois logo se vê…

Queriamos mesmo ver ! Vamos esperar. Enquanto isso, agarramo-nos ao canal Nuno Rebelo no Youtube.

Merci, Nuno. Keep on!



it will be a question of...
["The Future is Uncertain", a night of events of the project "it will be what we make it" at Alkantara, Lisbon, 30 Nov 2007]

Comments

Popular posts from this blog

Iain McKell, "New Gypsies"

"Historically despised the new Gypsies are there by choice, not heritage. Unrelated to the Roma, the movement began in 1986 when a group of Post-Punk Anti-Thatcher protesters headed out of London into the English countryside. McKell followed these New Age Travellers to the West Country and over the years he watched them become a hybrid tribe - the new gypsies - present-day rural anarchists, living the subversive lifestyle in elaborately decorated horse-drawn caravans." Iain McKell, "New Gypsies"

The Clockworks, Mayday Mayday

Mayday Mayday, the latest from The Clockworks, a four-piece Irish post-punk band from Galway, Ireland, now based in London. Formed in 2019, the band consists of James McGregor (vocals and guitar), Sean Connelly (guitar), Damian Greaney (drums), and Tom Freeman (bass).  One of the most exciting new bands in the post-punk scene, a blend of indie rock and garage rock, with driving guitars and catchy melodies, currently working on their debut album. The Clockworks are a young band with a lot of potential, helping to bring Irish rock back to the forefront. Stay tuned!   

New Order - Video 5-8-6 [Extended 22:23 version]

“Video 5 8 6” is a song originally composed as “pap” (as Tony Wilson put it) for the opening night of the Haçienda on May 21, 1982. Parts of this pearl would become the basis for the Power, Corruption & Lies tracks “5 8 6” and “Ultraviolence”, as well as the associated 12-inch single “Blue Monday”.